quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Sobre eleições

Tenho me controlado ao máximo para não entrar em debates mesquinhos em redes sociais, acho ridículo bater boca via facebook ou twitter.
Sinceramente, eu não me importo se você vai votar no Aécio, na Dilma, no Tarso no Sartori, se tu vai anular teu voto, se tu vai vender por uma cachaça ou por uma coxinha...
Não me importo mesmo, pois estamos em uma DEMOCRACIA constitucional referendada no ano de 1988, todos somos livres para expressarmos nossas convicções e votarmos para quem quisermos.
Agora, fazer apologia a ditadura, comparar o governo que está ai como ditatorial é se no mínimo leviano, pois ao que me consta TODOS os brasileiros maiores de 16 anos estão aptos à votar, e nas últimas 3 eleições os ELEITORES escolheram este caminho.
Sabemos que o governo não é perfeito, alias nenhum nunca foi e nem nunca será, mas resumir o seu argumento no "fora PT", não dá, não dá mesmo...
Se tu vai votar na Dilma e no projeto que está aí, argumente, das escolas técnicas, universidades federais, do mais médicos, do Prouni, Reune e quaisquer outros argumentos plausíveis.
Se tu vai votar no Aécio, argumente, saia do "fora PT", nem argumento isso é de verdade, fale sobre o projeto do estado mínimo com a privatizações das estatais (pra quem não lembra, estude a Argentina no início do século XXI), argumente da não intervenção do estado na regulação da economia, faça um comparativo do governo FHC, mas se posicione, defenda isso com dados, argumentos, e não com o "fora PT", cresça, pare de olhar com nostalgia para a ditadura,.
Ah, e antes que eu me esqueça, a Veja não é um bom argumento, dizer que viu no jornal nacional, na zero hora também não....
Vote em quem você quiser, mas vote acreditando, olhe para o Brasil, olhe para a Espanha, Grécia, Itália, Alemanha, compare...
Repito, o governo que está aí não perfeito, mas foi ele que tirou milhões de brasileiros da pobreza absoluta, parem de se importar com os setenta reais do bolsa família, e acordem que não é ele que te quebra, o que te quebra é a não taxação das grandes fortunas, eu, você e a maioria da população não sustenta os pobres do nordeste, da CAVIAR na boquinha dos milionários. Não acredita? Faça as contas...
Estou de saco cheio de gente estudar de graça via Prouni ou Fies e dizer que tem que mudar tudo, mudar o que cara pálida? tu quer voltar no tempo em que apenas quem tinha dinheiro tinha oportunidade de cursar ensino superior, onde uma mensalidade era duas vezes ou mais do teu suado salário de proletário?
Vote no Áécio, Vote na Dilma, mas seja consciente, não olhe pro teu umbigo, use o teu cérebro, não custa nada, nada mesmo...
Eu não vivi a ditadura militar, aliás se eu tivesse vivido provavelmente eu não estaria aqui escrevendo esse depoimento, estaria enterrado em uma vala qualquer por ai, pois eu nunca vou compactuar com um regime que oprime o povo e se vende para o capital internacional, que não trata o sofrido povo brasileiro como gente, 
Por isso eu sou DILMA, eu sou TARSO, eu sou brasileiro, amo esse país e quero que ele continue avançando.

sábado, 11 de outubro de 2014

Sobre expectativas...

É inerente do ser humano criar expectativas sobre tudo em sua vida, e isso muitas vezes acaba sendo um fardo mais pesado do que podemos ou pensamos poder carregar. Acabamos idealizando momentos perfeitos, com pessoas perfeitas, mas na prática isso não ocorre, talvez por elevarmos nossas expectativas de tal ponto que ninguém seja capaz de enquadrar-se nelas.
Sonhamos, desejamos, queremos buscamos e muitas vezes erramos. Erramos, por não deixarmos as coisas acontecerem a seu tempo, erramos por ter medo de “dar o braço a torcer”, erramos por não viver intensamente, erramos por não assumirmos o protagonismo de nossa existência, erramos por olhar para trás, não como fonte de aprendizado, mas, com um saudosismo exagerado, esquecendo do porque ser passado.
Não acho certo também, excluirmos as expectativas de nossa vida como se fosse um mal sem fim. Elas não são, aliás são muito importantes para que nosso sorriso mais verdadeiro surja, que as ditas “borboletas no estômago” movimentem-se freneticamente, para que não nos tornemos pessoas amargas. A grande questão é, qual o limite que damos à eles. Temos que ignorar os extremos, nesse caso e na maioria deles, aliás, eles são prejudiciais.
Temos que ter discernimento, de até que ponto podemos criar expectativas para que elas nos façam bem. Muitas vezes, temos que lutar contra a descrença, a desilusão e as experiências passadas, pois é mais fácil fechar-se em uma redoma e não correr o risco de novos sofrimentos. Mas vale a pena? Sinceramente não, pelo menos para mim, por mais que se tenha passado por poucas e boas, não podemos colocar todas as pessoas no mesmo saco de gatos.
Quando encontramos novas pessoas, estamos com a defesa tão armada e tão alta que é praticamente impossível transpor essas barreiras, as pessoas não entram em nossas vidas e nós ficamos presos nas nossas próprias barreiras.  Ou seja perdemos a oportunidade de quem sabe voltar a sorrir sem lágrimas nos olhos e de reconstruir nossa fé nas pessoas.
Sei, que isso é muito complexo, que não ocorre do dia para a noite e que nem sempre estamos preparados para isso, todavia, não podemos ficar presos nas teias das expectativas frustradas, temos que viver os momentos em toda sua plenitude, mesmo que não sejam eternos, eis que já dizia Vinícius de Moraes no Soneto de Fidelidade, “mas que seja infinito enquanto dure”.
 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ser ou parecer, eis a questão...

Uma coisa que sempre me chamou atenção é a transformação pelas quais as pessoas passam ao longo de suas vidas. Os fatores que desencadeiam essa transformação são muitos, relacionamentos afetivos, alteração do status quo, perdas e desilusões. Muita coisa foi escrita por psicólogos, psiquiatras e por leigos, que assim como eu, não conseguem compreender isso.
É claro que a mente do ser humano é uma incógnita, é indecifrável, quanto mais se tem mais se quer... Mas qual o preço de tudo isso? Será que não estamos a caça de um Ouro de Tolo?
Acho normal que as pessoas mudem, cresçam, se desenvolvam, tornem-se protagonistas de suas vidas, todavia, tem um elemento nevrálgico nisso tudo, o modo como as pessoas absorvem essas transformações e como elas passam a relacionar-se com seus pares, mesmo inserindo-se em novos grupos sociais.
Não é raro, pessoas que param de cumprimentar os amigos, que isolam-se em uma redoma, que esquecem-se de onde vieram e de quem sempre esteve ao seu lado, sem pedir nada em troca. Mas porque isso acontece? Isso é salutar?
Talvez o maior elemento desencadeante disso tudo é a insegurança, tendo em vista que as pessoas tendem a projetar uma imagem perfeita, um esteriótipo capaz de ser "aceitável" perante a sociedade consumista e imagética que estamos inseridos. 
Considero que isso não seja salutar nem para quem projeta nem pra quem recebe essa imagem. É muito mais comodo parecer do que realmente ser, eu sei, mas sou totalmete contrário a isso. 
Creio que nada supere o quem realmente somos. Sinceramente, eu não me importo com a projeção imagética das pessoas, me importo com a essência, esteriótipos mudam, a beleza, os bens materiais não são permanentes, mas o caráter, a simplicidade e a bondade não...
Sinceramente, eu não entendo o porque que as pessoas se importam tanto com as aparências, se, como muito bem disse Antoine de Saint-Exupéry "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."

Sob a luz do luar

A muito tempo tenho sido relapso com meu blog, e principalmente com minha paixão por escrever, coloco-a em último plano, mesmo sendo uma atividade que me relaxa e me faz bem. A cada dia encontro uma nova desculpa para não escrever, tenho sono, não tenho tempo, preciso focar no TCC, na campanha e no meu trabalho.
E, eu sinto, que isso não acontece somente comigo, é uma tendência do ser humano moderno querer abraçar todas as atividades possíveis e imagináveis no seu dia a dia, tudo com o intuito de inserir-se em uma sociedade pautada pelo consumismo, pelo ter e pelo parecer.  Um exemplo disso, são as redes sociais, em que postamos o nosso passo a passo, desde a hora que levantamos até a hora que deitamos na nossa cama.
A cada dia que passa, estamos mais preocupados com o que os outros pensam de nós do que com o que realmente é importante, família, amigos e principalmente a nossa felicidade. No mundo das redes sociais, não temos problemas, somos perfeitos, felizes ou melhor extremamente felizes, temos tudo o que queremos, amamos e somos amados, 200 likes na foto de perfil mostram isso.
Hoje, pude vagar sob a luz do luar, aliás e que luar, e liberar meus pensamentos para viajarem pelo desconhecido, deixando um pouco de lado todas as intempéries e o caos da rotina, simplesmente deixar os pensamentos voarem ao sabor do vento. isso me inspirou a entrar madrugada adentro escrevendo no meu blog abandonado.
Pois bem, não sei se cheguei a concluir algo expressivo, se reinventei a roda ou se chovi no molhado, mas pude perceber o quanto sentia falta de um momento só meu, pra deixar minha cabeça leve. Nos últimos tempos, confesso que tive que buscar forças não sei de onde para suportar o stress. Sei que isso não é da conta de mais ninguém, mas cabe deixar registrado. blábláblá
Deixamos nossas vidas, nossas relações interpessoais em segundo plano construindo muros que impedem as pessoas de interagirem, de serem elas mesmas, com todas as suas incertezas, preocupações, não existe espaço para o outro, apenas para o eu... 
Nesse sentido a questão  mais recorrente ao longo desta "jornada" foi o que estou fazendo com a minha vida?
Naturalmente, estou buscando ser feliz, trabalhando a felicidade como um estado mental desencadeado por fatores internos ou externos à nossa pessoa. E isso gera alguns outros questionamentos, que me colocam em uma sinuca de bico, será que realmente estou no caminho certo? Minhas escolhas tem surtido o efeito desejado? Eu sou feliz?
Para responder estas novas questões talvez eu precise substituir virgulas por pontos finais.
Já fiz isso algumas vezes, e considerei exitoso, mas pelo visto não foi suficiente, ai já é outra história...
blábláblá



PS. Eu detesto escrever em primeira pessoa...

blábláblá

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Fernandão a chegada

Vou postar um texto que achei fantástico...
Como colorado, sinceramente não consigo escrever nada sobre o F9...
Vá em paz capitão!


_ Não te esperávamos tão cedo Fernandão.
_ Dallegrave, querido amigo, nem faz tanto tempo.
_ Quero te apresentar alguns dos seus fãs aqui.
_ Este é Frederico Arnaldo Ballvé.
_ Já ouvi falar o senhor no Internacional. Muito.
_ Aqui estão Gilberto Medeiros, Marcelo Feijó, Paulo Rogério Amoretty, Carlos Papaléo…
_ Lá ao fundo está correndo um treino.
_ Daqui não dá para identificar eles, Dallegrave.
_ O treinador é Ênio Andrade e o cara botando eles para correr é o Gilberto Tim. Amanhã tem treino.
_ Pega a tua camisa, a 9. És o novo titular do time aqui do céu.
_ Parabéns pelo título Mundial/Fifa, garoto.
_ Obrigado, Ballvé.
_ A turma aqui de cima foi decisiva.
_ Não entendi.
_ Deus não joga mas fiscaliza.
_ Continuo não entendendo.
_ Então tudo acha que o Ronaldinho errou aquela falta.
_ Não errou?
_ Nós tiramos com os olhos.
_ Tivemos uma conversinha com Ele, que é brasileiro. 
_ O Feijó adaptou uma música para ti, uma do Moacyr Franco. Virou Balada número 9. Canta aí Feijó.
Ergue os seus braços e corre outra vez no gramado,
Vai tabelando o seu sonho e lembrando o passado,
No campeonato da recordação faz distintivo do seu coração,
Que as jornadas da vida, são bolas de sonho.
Que o craque do tempo chutou.
Cadê você, cadê você, você NÃO passou,
O que era doce, o que não era NÃO se acabou,
Cadê você, cadê você, você NÃO passou,
No vídeo tape do sonho, a história gravou.
_ E agora, todos juntos, que eu sei que tu vais gostar Fernandão. Um, dois três…Vamos lá, puxa a cantoria Fernandão.
Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
Encontro-me em estado de choque, desnorteado desde que soube da tragédia.
A ficha não caiu.
E talvez nunca caia.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Demagogos de Facebook

Após uma longa ausência devido a compromissos profissionais e acadêmicos, volto a escrever no blog, mesmo não me manifestando publicamente, algumas coisas tem me causado muita repulsa, principalmente os demagogos do facebook.
Muitos devem se perguntar o que são demagogos de facebook, acredito que sejam aquelas pessoas que nas redes sociais são os filhos revolucionários perdidos do Che, se manifestam sobre tudo e sobre todos, esbravejando e destilando seu veneno acerca dos mais diversos assuntos, perpassando pela questão da segurança pública, da falta de espaços de lazer, pela questão indígena,enfim, todos aqueles temas de relevância social e política. Até ai tudo bem, esses assuntos tem que realmente serem debatidos. Todavia, o que me indigna, é que estas pessoas escrevem / comentam / compartilham informações desconexas, fora de contexto, sectaristas, desinformadas e muitas e muitas vezes maldosas.
Estes demagogos jogam todos os agentes políticos num mesmo saco depreciando as pessoas que eles votaram, e todas as  pessoas que tem um partido político, como se todas as siglas fossem iguais, como se todas tivessem a mesma ideologia. Volto a dizer todos tem liberdade de expressão depois que a ditadura acabou, e que muitos demagogos defendem, sem conhecer 1/8 de tudo o que se passou nos porões por esse Brasil.
A pouco mais de quarenta dias ocorreu um caso emblemático aqui na nossa cidade, o assassinato de um jovem nos altos da Av. Mauricio Cardoso, por uma gangue de menores de idade. O facebook recebeu uma enxurrada de manifestações, depreciando o trabalho da Brigada Militar, da Polícia Civil e dos órgãos de segurança pública. Li milhares de bobagens de pessoas ditas "cultas". Volto a ressaltar que todos tem liberdade de expressão, como já dizia Voltaire, "Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la".
Ontem, ocorreu uma audiência pública para debater a questão da segurança em Erechim, com todos os órgãos de segurança, mais a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores, pelo momento que passamos em Erechim, acreditei que a Câmara não ia ter lugar para nem mesmo um alfinete. Ledo engano...
Esses revolucionários de facebook,confirmaram minha tese de que não passam de reles demagogos, que se manifestam para receberem curtidas e compartilhamentos, estes são os alimentos para sua megalomania, pois se teve a oportunidade de debater com todos os órgãos de segurança, de colocar todas essas pautas levantadas no facebook, num debate amplo e bem pautado, o que a audiência pública conseguiu ser.
Não escrevi ontem este post porque não gosto de escrever de cabeça quente, mas minha indignação continua a mesma, de que adianta falar em caixa alta no facebook e na hora que se pode discorrer, que se pode estudar em conjunto ações efetivas para resolver os problemas, eles se ESCONDEM atrás de um perfil de facebook e de um punhado de curtidas e compartilhamentos.
De demagogia estamos todos saturados, uma sugestão para os demagogos de facebook: existe uma vida fora da internet, levantem a bunda de suas cadeiras estofadas e participem das decisões, para ai sim se manifestarem com propriedade, embasamento e principalmente entendendo os processos e falando com coerência.




segunda-feira, 3 de março de 2014

Cegueira Voluntária

Há alguns dias venho observando diversas publicações em redes sociais e mesmo em jornais que escancaram um sectarismo patológico e principalmente uma enorme desinformação, criando factoides e omitindo partes importantes, para parecer que o Brasil esta numa vala e sem salvação ou pior ainda que a salvação seria a volta da ditadura.
O Brasil sofre sim com alguns problemas crônicos, mas eles não são oriundos dos últimos dez anos, muito pelo contrário, esses problemas são oriundos de séculos, isso mesmo SÉCULOS de exploração popular, desde os indígenas nos idos de 1500, das pilhagens promovidas principalmente pelos portugueses, os descobridores dessa terra sem lei(?),  perpassando pelo regime escravocrata e migrando para uma república que se manteve na mão de oligarquias até o Estado Novo de Getúlio Vargas. Aos adoradores da revolução de 1964 (o nome dado a ditadura que assolou o Brasil), foi neste período em que o pais se afundou em dívidas devido aos empréstimos contraídos junto ao FMI para colocar o capital especulativo internacional no controle das riquezas nacionais. E ainda, não podemos deixar de relembrar o projeto neo liberal encabeçado pela extrema direita que praticamente liquidou as riquezas nacionais privatizando tudo o que era do povo brasileiro.
Colocar a culpa no governo Lula / Dilma é no minimo um sectarismo desinformado ou melhor mal intencionado. como vimos a cima com uma rápida pincelada os problemas brasileiros não são nem de longe oriundos do século XXI, mas sim de sucessivas gestões que não pensavam no povo. A Copa do Mundo da Fifa gera controvérsias? Gera, gera sim, contudo ela não é a vilã da história, todo mundo se revolta com isso mas esquece que o STF em 2010 absolveu de qualquer acusação os torturadores da ditadura militar, e que este mesmo STF simplesmente engavetou o caso das privatizações do PSDB, que é anterior e bem anterior ao famigerado mensalão do PT.
Ou ainda que o STF o ministério público e todos os órgãos de fiscalização e de imprensa jogaram para debaixo do tapete o processo que acusava o presidenciável Aécio Neves do desvio de 2 bilhões da área da saúde quando governador de Minas Gerais.    
É uma pena que as pessoas tenham adotado esta cegueira voluntária para não enxergar que estão sendo tratadas como massa de manobra do grande capital internacional. O Brasil está de mal a pior? Conte-me como você tem crédito pra comprar um carro novo com IPI reduzido, ou pra comprar sua casa própria e se livrar do aluguel através do Programa Minha Casa Minha Vida, ou como você ou seu filhos tem a oportunidade de estudar de forma gratuita através do Prouni?
Outro exemplo da desinformação popular é “A mais recente polêmica sobre o financiamento do BNDES é o porto de Mariel em Cuba. O Banco investiu US$ 682 milhões. O total da reforma do porto custou US$ 957 milhões. Sendo que para o BNDES realizasse este financiamento Cuba teria que investir em compra de bens e serviços no Brasil.  O investimento cubano por aqui foi na ordem de US$ 800 milhões. Cerca de 500 empresas brasileiras participaram do projeto e a geração de empregos chegou a 156 mil." Ou seja, esse acordo foi vantajoso para as empresas brasileiras, só a mídia que não quer que o povo abra os olhos, afinal a Rede Globo sente-se lesada por não receber mais dinheiro do BNDS para pagar suas contas e manter sua ostentação.
Em suma, sabemos que o caminho ainda é longo para resolver os problemas sociais brasileiros ainda latentes, nosso objetivo com esse texto, é colocar uma pulga atrás da orelha daqueles que adotaram uma cegueira voluntária se embebendo em factoides facebookeanos que tem como principais fontes a seríssima e nada parcial revista Veja e dos veículos da sempre confiável e também nenhum pouco parcial das Organizações Globo.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Não Tenho Tempo

A alguns dias conversando com o amigo Enori Chiaparini sobre algumas obras se não me falha a memória de Erich Fromm, entramos num debate acerca do ensino em sala de aula, e ele recitou um trecho de uma poesia que utilizava nas aulas do EJA, verbalizando as emoções que os alunos sentiam.
Sinceramente achei fantástica a poesia "Não tenho tempo" de Neimar de Barros, ela pode nos levar à uma reflexão sobre nossas vidas e sobre nossas rotinas. Por isso gostaria de compartilhá-la com os leitores do blog:

Não tenho tempo

Sabe, meu filho, até hoje não tive tempo para brincar com você.
Arranjei tempo para tudo, menos para ver você crescer.
Nunca joguei dominó, dama, xadrez ou batalha naval com você.
Percebo que você me rodeia, mas sabe, sou muito importante e não tenho tempo.

Sou importante para números, conversas sociais, uma série de
compromissos inadiáveis…
E largar tudo isso para sentar no chão com você… Não, não tenho tempo!
Um dia você veio com um caderno da escola para o meu lado. Não
liguei, continuei lendo o jornal. Afinal, os problemas
internacionais são mais sérios que os da minha casa.

Nunca vi seu boletim nem sei quem é a sua professora. Não sei nem
qual foi sua primeira palavra; também, você entende… Não tenho tempo…

De que adianta saber as mínimas coisas de você se eu tenho outras
grandes coisas a saber?

Puxa, como você cresceu! Você já passou da minha cintura, está
alto! Eu não havia reparado nisso. Aliás, não reparo em quase
nada, minha vida é corrida.
E quando tenho tempo, prefiro usá-lo lá fora. E se o uso aqui,
perco-me diante da TV. A TV é importante e me informa muito…

Sabe, filho, a última vez que tive tempo para você, foi numa
cama, quando o fizemos!

Sei que você se queixa, que você sente falta de uma palavra, de
uma pergunta minha, de um corre-corre, de um chute na bola. Mas
eu não tenho tempo…

Sei que você sente falta do abraço e do riso, de andar a pé até a
padaria, para comprar guaraná. De andar a pé até o jornaleiro
para comprar “Pato Donald”. Mas, sabe, há quanto tempo não ando a
pé na rua? Não tenho tempo…

Mas você entende, sou um homem importante. Tenho que dar atenção
a muita gente. Dependo delas… Filho, você não entende de
comércio! Na realidade, sou um homem sem tempo!

Sei que você fica chateado, porque as poucas vezes que falamos é
monólogo, só eu falo. E noventa por cento é bronca: quero
silêncio, quero sossego! E você tem a péssima mania de vir
correndo sobre a gente. Você tem mania de querer pular nos braços
dos outros… Filho, não tenho tempo para abraçá-lo.

Não tenho tempo para ficar com papo-furado com criança. Filho, o
que você entende de computador, comunicação, cibernética,
racionalismo? Você sabe quem é Marcuse, Mc Luhan?

Como é que vou parar para conversar com você? Sabe, filho, não
tenho tempo, mas o pior de tudo, o pior de tudo é que…
Se você morresse agora, já, neste momento, eu ficaria com um peso
na consciência, porque, até hoje, não arrumei tempo para brincar com você.

E, na outra vida, por certo,


Deus não terá tempo de me deixar, pelo menos, Vê-lo!


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Anticomunismo Patológico

O texto a seguir foi publicano na edição de ontem (16/01/14) no Jornal Voz:

No último dia 11 o Historiador Sérgio da Costa Franco em seu artigo “História de Prestes e Memorial” publicado no Jornal ZH, reverberou todo o seu anticomunismo patológico ao chamar de “ideia tão desarroada” a inauguração de um busto em homenagem ao camarada Luiz Carlos Prestes, e que seria uma afronta à a maioria dos portoalegrenses. Quando foi realizado este plebiscito? Quantas pessoas participaram.?
O articulista deveria ao menos dirigir-se com mais respeito à um homem que lutou contra as discriminações e a ditadura da Primeira República,  indo a favor do povo brasileiro, e também sugerir que se faça um pequeno apanhado sobre o cenário nacional que o Prestes estava inserido, ou quem sabe uma leitura sobre os seus projetos sobretudo como senador da república.
O período da década de 1920 no Brasil, foi um período de efervescência na sociedade brasileira, de escassa liberdade política onde em oposição ocorreram diversas rebeliões que transformações econômicas, políticas e sociais como as manifestações sindicais pró melhores condições salariais e de trabalho, rebeliões políticas pró liberdade de organização sindical e política, Semana da Arte Moderna, criação do Partido Comunista, o tenentismo, rebeliões sertanejas como o Contestado, a do Padre Cícero e a tirania do liberalismo que gera a crise de 1929, que por sua vez propicia a dita revolução de 1930, emergindo para um cenário de grande arrocho salarial e de falências, onde o Estado ao contrário do que se sucedia antes é chamado à financiar o café para queimá-lo... 
É, neste contexto, que Prestes começa a consolidar sua posição de liderança, principalmente após outubro de 1924 quando comandou o levante tenentista que saiu de Santo Ângelo rumo a Foz do Iguaçu, onde incorporou as tropas paulistas e marchou por cerca de 25 mil km durante dois anos e meio, com o intuito de fomentar  reformas políticas, econômicas e sociais,  esta foi a famosa Coluna Prestes. Se  o signatário discorda do papel da coluna Miguel Costa – Prestes em favor de reformas políticas e econômicas na velha República, que alternativas apresentaria?  
“Luiz Carlos Prestes […] causou graves prejuízos ao Brasil com o levante armado em 1935 dando forte pretexto para a implantação do Estado Novo em 1937”, sinceramente uma inverdade. Prejudicial ao país, foi a eliminação da Aliança Nacional Libertadora, A lei de Segurança Nacional, a prisão de Prestes para implantar o Golpe de 10 de novembro de 1937, o Estado Novo, que Prestes previu e ao qual se opôs ao custo de sua prisão e da entrega de Olga à Gestapo.
Dizer que o partido Comunista “deu mostras de total inabilidade política” é no mínimo um juízo de valor sectário. Como deveria então ter procedido o Partido Comunista? Mesmo durante seu período de ilegalidade, foi o PC quem puxou as lutas pelas transformações sociais que o povo sempre precisou e que a elite que o senhor defende tacitamente (ou não) vetou. Foram os teóricos comunistas que trouxeram um sopro de conhecimento científico de nossa realidade buscando soluções populares.
“Esse pseudomártir e  herói fabricado”, pensei em inúmeros heróis nacionais com o perfil descrito pelo senhor, e nenhum deles é Prestes... Num rápido exercício de memória podemos citar alguns: Tiradentes, José Bonifácio,  Bento Gonçalves, David Canabarro, Getúlio Vargas. Ser perseguido, preso, torturado, exilado, obrigado a viver como fugitivo e clandestinamente ao longo de quase setenta anos não é um martírio heroico, o que é?
Só porque a causa do Prestes avultava reformas políticas, econômicas e sociais, que não são da concordância do senhor Sérgio, não nos parece motivo para negar-lhe a sua verdadeira identidade histórica.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Relações humanas off line

Estou realmente ficando preocupado com os rumos que a sociedade da informação está tomando, na mesma balada em que destruímos barreiras de comunicação, encurtamos fronteiras, e tornamos o mundo uma rede de informações, as relações interpessoais humanas estão diminuindo, “nesse espaço de virtualidade, feito de bytes e luzes, a geografia física não importa, pois qualquer lugar do mundo fica a distância de um clique”. (Lúcia Santaella)
As reuniões entre amigos, as baladas e as próprias praças de alimentação agora contam com uma presença ilustre, o deus do século XXI o wi-fi, as conversas agora não são mais verbais, são por tweets, em pvts, snapchat ou whatsapp, mas cade a graça disso? cade o olho no olho? o aperto de mão? os sorrisos roubados? os cutucões? Se perderam com o advento dos smartphones.
A critica maior se faz, pelo fato das pessoas estarem automatizando esta prática, ela esta se tornando tão real, que temo que dentro de algum tempo as pessoas desaprendam a falar em público, ou com os familiares. Já é comum, pessoas conversando via celular ou computador com outras pessoas que estão na mesma casa muitas vezes no comodo ao lado, ou pior ainda no mesmo comodo.
Eu acho, que por mais benefícios que a tecnologia traga não devemos ou melhor nao podemos nos tornar reféns de celulares, tablets, iphones, smarthphones ou qualquer outros meios que excluam o contato real entre as pessoas.
Contudo, todavia, eis que, se não quando, não estou sugerindo que tais apetrechos sejam eliminados da face da terra, afinal, são eles que nos fazem manter contato com pessoas que gostamos e que estão a milhares de quilômetros de distância em outros estados ou países, e que não temos a oportunidade de interagirmos pessoalmente como gostaríamos, abraço, aperto de mão o olho no olho que está se perdendo.
Isso é claro gera uma contradição tendo em vista que encurta barreiras virtuais e aumenta as barreiras reais. E isso é o que eu acho mais preocupante, pois as crianças hoje praticamente são tiradas do ventre da mãe e ganham um celular para ficarem conectadas com seus amigos... mas aonde está a interação verdadeira de correr, pular e assim por diante? Porque ela está se perdendo?
Será que não estamos caminhando para um destino similar ao dos seres humanos na animação Wall-e ?
Sei que parece loucura, mas realmente não sabemos se num futuro muito distante nós teremos as máquinas ou se é elas que nos terão?
Há de se pensar nisso... 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mais do Mesmo

Um novo ciclo vai se iniciando, 2014, como todos os anos anteriores, vem carregado de promessas, e de desejos comuns, entrar na academia, diminuir o consumo de álcool, ser menos intransigente, arrumar uma companhia, emagrecer, viajar, e ler mais, as promessas e os desejos não mudam, sinceramente nós os desejosos também não mudamos, continuamos catedráticos em algumas práxis do nosso modus operandi.
Ou seja, mais do mesmo...
Ao longo dos últimos dias do ano, as redes sociais, os jornais, as revistas, a televisão e o rádio se enchem de prospects dizendo que tudo vai ser diferente, que este vai ser o melhor ano de todos.
Ou seja, Mais do mesmo...
Todos os anos nos enchemos de esperanças e acreditamos que realmente vamos fazer diferente.
Ou seja, mais do mesmo...
Mas o que dá errado? Porque a maioria das promessas e dos planos não saem do mundo das idéias? Me permitindo fazer uma análise simples, mas não simplória, é porque nossa zona de conforto é maior que todos estes planos, uma hora de academia á facilmente substituída por uma hora em frente a televisão vendo novelas regada a guloseimas, afinal não se pode ficar em frente a televisão sem estar mastigando algo. Outro caso clássico é o da leitura, nos propomos a ler, mas as redes sociais hipnotizam, não existe possibilidade de ficarmos meia hora a menos por dia curtindo e compartilhando, para ler, nem que seja a bula de um remédio.
Ou seja, mais do mesmo...
Não existe uma receita universal que seja capaz de de tira do mundo das ideias aquilo que queremos modificar ao longo do ano. O que existe, chama-se força de vontade e motivação, que podem ser consideradas força motriz para a obtenção do sucesso dos planos para o ano novo.
Depende única e exclusivamente de cada um de nós para que não caiamos novamente e mais uma vem na máxima "mais do mesmo".