Uma coisa que sempre me chamou atenção é a transformação pelas quais as pessoas passam ao longo de suas vidas. Os fatores que desencadeiam essa transformação são muitos, relacionamentos afetivos, alteração do status quo, perdas e desilusões. Muita coisa foi escrita por psicólogos, psiquiatras e por leigos, que assim como eu, não conseguem compreender isso.
É claro que a mente do ser humano é uma incógnita, é indecifrável, quanto mais se tem mais se quer... Mas qual o preço de tudo isso? Será que não estamos a caça de um Ouro de Tolo?
Acho normal que as pessoas mudem, cresçam, se desenvolvam, tornem-se protagonistas de suas vidas, todavia, tem um elemento nevrálgico nisso tudo, o modo como as pessoas absorvem essas transformações e como elas passam a relacionar-se com seus pares, mesmo inserindo-se em novos grupos sociais.
Não é raro, pessoas que param de cumprimentar os amigos, que isolam-se em uma redoma, que esquecem-se de onde vieram e de quem sempre esteve ao seu lado, sem pedir nada em troca. Mas porque isso acontece? Isso é salutar?
Talvez o maior elemento desencadeante disso tudo é a insegurança, tendo em vista que as pessoas tendem a projetar uma imagem perfeita, um esteriótipo capaz de ser "aceitável" perante a sociedade consumista e imagética que estamos inseridos.
Considero que isso não seja salutar nem para quem projeta nem pra quem recebe essa imagem. É muito mais comodo parecer do que realmente ser, eu sei, mas sou totalmete contrário a isso.
Creio que nada supere o quem realmente somos. Sinceramente, eu não me importo com a projeção imagética das pessoas, me importo com a essência, esteriótipos mudam, a beleza, os bens materiais não são permanentes, mas o caráter, a simplicidade e a bondade não...
Sinceramente, eu não entendo o porque que as pessoas se importam tanto com as aparências, se, como muito bem disse Antoine de Saint-Exupéry "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."
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