quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Sobre eleições

Tenho me controlado ao máximo para não entrar em debates mesquinhos em redes sociais, acho ridículo bater boca via facebook ou twitter.
Sinceramente, eu não me importo se você vai votar no Aécio, na Dilma, no Tarso no Sartori, se tu vai anular teu voto, se tu vai vender por uma cachaça ou por uma coxinha...
Não me importo mesmo, pois estamos em uma DEMOCRACIA constitucional referendada no ano de 1988, todos somos livres para expressarmos nossas convicções e votarmos para quem quisermos.
Agora, fazer apologia a ditadura, comparar o governo que está ai como ditatorial é se no mínimo leviano, pois ao que me consta TODOS os brasileiros maiores de 16 anos estão aptos à votar, e nas últimas 3 eleições os ELEITORES escolheram este caminho.
Sabemos que o governo não é perfeito, alias nenhum nunca foi e nem nunca será, mas resumir o seu argumento no "fora PT", não dá, não dá mesmo...
Se tu vai votar na Dilma e no projeto que está aí, argumente, das escolas técnicas, universidades federais, do mais médicos, do Prouni, Reune e quaisquer outros argumentos plausíveis.
Se tu vai votar no Aécio, argumente, saia do "fora PT", nem argumento isso é de verdade, fale sobre o projeto do estado mínimo com a privatizações das estatais (pra quem não lembra, estude a Argentina no início do século XXI), argumente da não intervenção do estado na regulação da economia, faça um comparativo do governo FHC, mas se posicione, defenda isso com dados, argumentos, e não com o "fora PT", cresça, pare de olhar com nostalgia para a ditadura,.
Ah, e antes que eu me esqueça, a Veja não é um bom argumento, dizer que viu no jornal nacional, na zero hora também não....
Vote em quem você quiser, mas vote acreditando, olhe para o Brasil, olhe para a Espanha, Grécia, Itália, Alemanha, compare...
Repito, o governo que está aí não perfeito, mas foi ele que tirou milhões de brasileiros da pobreza absoluta, parem de se importar com os setenta reais do bolsa família, e acordem que não é ele que te quebra, o que te quebra é a não taxação das grandes fortunas, eu, você e a maioria da população não sustenta os pobres do nordeste, da CAVIAR na boquinha dos milionários. Não acredita? Faça as contas...
Estou de saco cheio de gente estudar de graça via Prouni ou Fies e dizer que tem que mudar tudo, mudar o que cara pálida? tu quer voltar no tempo em que apenas quem tinha dinheiro tinha oportunidade de cursar ensino superior, onde uma mensalidade era duas vezes ou mais do teu suado salário de proletário?
Vote no Áécio, Vote na Dilma, mas seja consciente, não olhe pro teu umbigo, use o teu cérebro, não custa nada, nada mesmo...
Eu não vivi a ditadura militar, aliás se eu tivesse vivido provavelmente eu não estaria aqui escrevendo esse depoimento, estaria enterrado em uma vala qualquer por ai, pois eu nunca vou compactuar com um regime que oprime o povo e se vende para o capital internacional, que não trata o sofrido povo brasileiro como gente, 
Por isso eu sou DILMA, eu sou TARSO, eu sou brasileiro, amo esse país e quero que ele continue avançando.

sábado, 11 de outubro de 2014

Sobre expectativas...

É inerente do ser humano criar expectativas sobre tudo em sua vida, e isso muitas vezes acaba sendo um fardo mais pesado do que podemos ou pensamos poder carregar. Acabamos idealizando momentos perfeitos, com pessoas perfeitas, mas na prática isso não ocorre, talvez por elevarmos nossas expectativas de tal ponto que ninguém seja capaz de enquadrar-se nelas.
Sonhamos, desejamos, queremos buscamos e muitas vezes erramos. Erramos, por não deixarmos as coisas acontecerem a seu tempo, erramos por ter medo de “dar o braço a torcer”, erramos por não viver intensamente, erramos por não assumirmos o protagonismo de nossa existência, erramos por olhar para trás, não como fonte de aprendizado, mas, com um saudosismo exagerado, esquecendo do porque ser passado.
Não acho certo também, excluirmos as expectativas de nossa vida como se fosse um mal sem fim. Elas não são, aliás são muito importantes para que nosso sorriso mais verdadeiro surja, que as ditas “borboletas no estômago” movimentem-se freneticamente, para que não nos tornemos pessoas amargas. A grande questão é, qual o limite que damos à eles. Temos que ignorar os extremos, nesse caso e na maioria deles, aliás, eles são prejudiciais.
Temos que ter discernimento, de até que ponto podemos criar expectativas para que elas nos façam bem. Muitas vezes, temos que lutar contra a descrença, a desilusão e as experiências passadas, pois é mais fácil fechar-se em uma redoma e não correr o risco de novos sofrimentos. Mas vale a pena? Sinceramente não, pelo menos para mim, por mais que se tenha passado por poucas e boas, não podemos colocar todas as pessoas no mesmo saco de gatos.
Quando encontramos novas pessoas, estamos com a defesa tão armada e tão alta que é praticamente impossível transpor essas barreiras, as pessoas não entram em nossas vidas e nós ficamos presos nas nossas próprias barreiras.  Ou seja perdemos a oportunidade de quem sabe voltar a sorrir sem lágrimas nos olhos e de reconstruir nossa fé nas pessoas.
Sei, que isso é muito complexo, que não ocorre do dia para a noite e que nem sempre estamos preparados para isso, todavia, não podemos ficar presos nas teias das expectativas frustradas, temos que viver os momentos em toda sua plenitude, mesmo que não sejam eternos, eis que já dizia Vinícius de Moraes no Soneto de Fidelidade, “mas que seja infinito enquanto dure”.
 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ser ou parecer, eis a questão...

Uma coisa que sempre me chamou atenção é a transformação pelas quais as pessoas passam ao longo de suas vidas. Os fatores que desencadeiam essa transformação são muitos, relacionamentos afetivos, alteração do status quo, perdas e desilusões. Muita coisa foi escrita por psicólogos, psiquiatras e por leigos, que assim como eu, não conseguem compreender isso.
É claro que a mente do ser humano é uma incógnita, é indecifrável, quanto mais se tem mais se quer... Mas qual o preço de tudo isso? Será que não estamos a caça de um Ouro de Tolo?
Acho normal que as pessoas mudem, cresçam, se desenvolvam, tornem-se protagonistas de suas vidas, todavia, tem um elemento nevrálgico nisso tudo, o modo como as pessoas absorvem essas transformações e como elas passam a relacionar-se com seus pares, mesmo inserindo-se em novos grupos sociais.
Não é raro, pessoas que param de cumprimentar os amigos, que isolam-se em uma redoma, que esquecem-se de onde vieram e de quem sempre esteve ao seu lado, sem pedir nada em troca. Mas porque isso acontece? Isso é salutar?
Talvez o maior elemento desencadeante disso tudo é a insegurança, tendo em vista que as pessoas tendem a projetar uma imagem perfeita, um esteriótipo capaz de ser "aceitável" perante a sociedade consumista e imagética que estamos inseridos. 
Considero que isso não seja salutar nem para quem projeta nem pra quem recebe essa imagem. É muito mais comodo parecer do que realmente ser, eu sei, mas sou totalmete contrário a isso. 
Creio que nada supere o quem realmente somos. Sinceramente, eu não me importo com a projeção imagética das pessoas, me importo com a essência, esteriótipos mudam, a beleza, os bens materiais não são permanentes, mas o caráter, a simplicidade e a bondade não...
Sinceramente, eu não entendo o porque que as pessoas se importam tanto com as aparências, se, como muito bem disse Antoine de Saint-Exupéry "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."

Sob a luz do luar

A muito tempo tenho sido relapso com meu blog, e principalmente com minha paixão por escrever, coloco-a em último plano, mesmo sendo uma atividade que me relaxa e me faz bem. A cada dia encontro uma nova desculpa para não escrever, tenho sono, não tenho tempo, preciso focar no TCC, na campanha e no meu trabalho.
E, eu sinto, que isso não acontece somente comigo, é uma tendência do ser humano moderno querer abraçar todas as atividades possíveis e imagináveis no seu dia a dia, tudo com o intuito de inserir-se em uma sociedade pautada pelo consumismo, pelo ter e pelo parecer.  Um exemplo disso, são as redes sociais, em que postamos o nosso passo a passo, desde a hora que levantamos até a hora que deitamos na nossa cama.
A cada dia que passa, estamos mais preocupados com o que os outros pensam de nós do que com o que realmente é importante, família, amigos e principalmente a nossa felicidade. No mundo das redes sociais, não temos problemas, somos perfeitos, felizes ou melhor extremamente felizes, temos tudo o que queremos, amamos e somos amados, 200 likes na foto de perfil mostram isso.
Hoje, pude vagar sob a luz do luar, aliás e que luar, e liberar meus pensamentos para viajarem pelo desconhecido, deixando um pouco de lado todas as intempéries e o caos da rotina, simplesmente deixar os pensamentos voarem ao sabor do vento. isso me inspirou a entrar madrugada adentro escrevendo no meu blog abandonado.
Pois bem, não sei se cheguei a concluir algo expressivo, se reinventei a roda ou se chovi no molhado, mas pude perceber o quanto sentia falta de um momento só meu, pra deixar minha cabeça leve. Nos últimos tempos, confesso que tive que buscar forças não sei de onde para suportar o stress. Sei que isso não é da conta de mais ninguém, mas cabe deixar registrado. blábláblá
Deixamos nossas vidas, nossas relações interpessoais em segundo plano construindo muros que impedem as pessoas de interagirem, de serem elas mesmas, com todas as suas incertezas, preocupações, não existe espaço para o outro, apenas para o eu... 
Nesse sentido a questão  mais recorrente ao longo desta "jornada" foi o que estou fazendo com a minha vida?
Naturalmente, estou buscando ser feliz, trabalhando a felicidade como um estado mental desencadeado por fatores internos ou externos à nossa pessoa. E isso gera alguns outros questionamentos, que me colocam em uma sinuca de bico, será que realmente estou no caminho certo? Minhas escolhas tem surtido o efeito desejado? Eu sou feliz?
Para responder estas novas questões talvez eu precise substituir virgulas por pontos finais.
Já fiz isso algumas vezes, e considerei exitoso, mas pelo visto não foi suficiente, ai já é outra história...
blábláblá



PS. Eu detesto escrever em primeira pessoa...

blábláblá