Tem coisas que realmente ressoam forte em nossa consciência, principalmente quando tangem nossa práxis diária. Recebemos de todos os lados diretrizes morais e éticas para nortearem nossas atitudes.
Concordo plenamente que devemos respeitarmos uns aos outros, sermos éticos e coerentes, contudo não é isso que realmente acontece. Debatemos em sala de aula o papel do professor para o desenvolvimento psicocognitivo dos alunos, de sua consciência histórica e de seu protagonismo nas transformações sociais na sociedade e nos grupos as quais estão inseridos.
No papel isso tudo é muito lindo, coerente e funcional, mas creio que não seja, pois a liderança eficaz tem como base o ditado latino “as palavras movem; os exemplos arrastam”, ou seja, pouco adianta falar o tempo todo sobre alguma coisa, é necessário primeiramente dar o exemplo senão toda a teoria cai por terra.
Acho pertinente apresentarmos um conceito de ética:
“A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano. A nossa definição sublinha, em primeiro lugar o caráter científico desta disciplina; isto é, corresponde à necessidade de uma abordagem científica dos problemas morais. De acordo com esta abordagem, a ética se ocupa de um objeto próprio: o setor da realidade humana que chamamos moral, constituído (..) por um tipo peculiar de fatos ou atos humanos. Como ciência, a ética parte de certo tipo de fatos visando descobrir-lhes os princípios gerais. (...) Enquanto conhecimento científico, a ética deve aspirar a racionalidade e objetividade mais completas e, ao mesmo tempo, deve proporcionar conhecimentos sistemáticos, metódicos e, no limite do possível, comprováveis” (VAZQUEZ, Adolfo Sanches. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997. p. 12/13)
Para aí sim continuar o nosso debate, afinal é preciso ter este conceito claro para entender o teor deste texto. Ao longo da vida acadêmica somos obrigados a ler mil e um livros sobre diversos conteúdos e correntes histórico filosóficas, tendo que nos posicionarmos através de resumos, resenhas, contextualizações, papers, artigos científicos, fichamentos e dentre outros. Todavia, começo a questionar esses métodos pois parecem ser meras formalidades, afim da obtenção de uma nota ou conceito.
Cito novamente, o ditado latino “as palavras movem; os exemplos arrastam”, porque vemos a credibilidade de alguns doutores esvaírem-se devido a sua prática nem sempre condizer com aquilo que ele prega ou define como seu modus operandi ou mesmo como sua ética em sala de aula.
Encerrando, como estes doutores poderão manter-se em seu pedestal de senhores do saber, da moral e dos bons costumes, se os discentes tem ciência de que as suas palavras são vãs? Como vão ajudar na tomada da consciência histórica dos alunos?
Vale a pena uma reflexão sobre isso...
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